LINGUÍSTICA II


Observe o texto publicitário e parte da letra da música de Gonzaguinha, a seguir.

 

Texto publicitário

Brasil. É bonito, é bonito, é bonito.

 

Revista Domingo. Jornal do Brasil, 29/10/2000.

(Embratur, Ministério do Esporte e Turismo, Governo Federal)

  

Letra de música

 

                      O Que É, O Que É?

Gonzaguinha

 

Eu fico

Com a pureza

Da resposta das crianças

É a vida, é bonita

E é bonita...

 

Viver!

E não ter a vergonha

De ser feliz

Cantar e cantar e cantar

A beleza de ser

Um eterno aprendiz...

 

(...)

E a vida!

E a vida o que é?

Diga lá, meu irmão

Ela é a batida

De um coração

Ela é uma doce ilusão

Hê! Hô!...

 

E a vida

Ela é maravilha

Ou é sofrimento?

Ela é alegria

Ou lamento?

O que é? O que é?

Meu irmão... (...)

 

Com base nos estudos realizados sobre os processos de coesão referencial e sequencial, analise as afirmações a seguir.

 

I) No texto publicitário, de incentivo ao turismo no Brasil, o predicado "é bonito" é repetido três vezes, intensificando e enfatizando a ideia.

II) No texto publicitário, podemos perceber a presença da coesão referencial, tendo em vista que o predicado "é bonito" faz referência ao primeiro termo "Brasil".

III) Tanto no texto publicitário como na letra de música temos a ocorrência da coesão sequencial, pois utilizam a recorrência de termos, como por exemplo: “É bonito, é bonito, é bonito” e “(...) é bonita/ E é bonita...”; “Cantar e cantar e cantar”.

IV) E a vida!

E a vida o que é?

Diga lá, meu irmão

Ela é a batida

De um coração

Ela é uma doce ilusão

Hê! Hô!...

 

E a vida

Ela é maravilha

Ou é sofrimento?

Ela é alegria

Ou lamento?

O que é? O que é?

Meu irmão...

 

Nessas estrofes o autor utilizou a coesão recorrencial por meio do paralelismo estrutural, reforçando a sua dúvida na definição do que é a vida.

 

São corretas APENAS as afirmações:


I, III e IV.


II e IV.


II, III e IV.


I, II e III.


I, II, III e IV.

Considerando os estudos acerca da coesão, leia e analise a frase a seguir.

 

“O filho deu o livro de presente para a mãe, porque a mãe queria muito ler o livro.”

 

Evitam-se as abusivas repetições do período acima substituindo-se os elementos sublinhados, respectivamente, por: 


a mãe; ele.


a mãezinha; o livro.


ela, (lê)-lo.


ela, o livro.


ela, ele. 

Observe a seguinte situação:

 

Na realização de uma atividade de produção textual em dupla, dois alunos discutem sobre a pronúncia da palavra “problema”. Um dos alunos afirmava que o correto era “probrema”. O outro dizia que esta forma era usada por pessoas que não sabiam falar.

 

Agora, baseado nos seus estudos sobre variação linguística, informe o tipo de variável que você encontra na fala de um dos alunos e a postura do outro diante da fala do primeiro.


Variável linguística morfossintática na pronúncia do fonema "l" pelo primeiro aluno e uma postura preconceituosa e mal orientada da parte do segundo aluno.


Variável não linguística fonológica na pronúncia do fonema "l" pelo primeiro aluno e uma postura preconceituosa e mal orientada da parte do segundo aluno.


Variável linguística sintática na pronúncia do fonema "l" pelo primeiro aluno e uma postura preconceituosa e mal orientada da parte do segundo aluno.


Variável linguística fonológica na pronúncia do fonema "l" pelo primeiro aluno e uma postura preconceituosa e mal orientada da parte do segundo aluno.


Variável linguística semântica na pronúncia do fonema "l" pelo primeiro aluno e uma postura preconceituosa e mal orientada da parte do segundo aluno.

Considerando as diferenças existentes entre linguagem oral e linguagem escrita, marque a alternativa que representa uma inadequação da linguagem usada ao contexto apresentado.


“Só um instante, por favor. Eu gostaria de fazer uma observação”. – alguém comenta em uma reunião de trabalho.


“O carro bateu e capotô, mas num deu pra vê direito” – fala de um pedestre que assistiu ao acidente e está comentando com outro que está passando pelo local.


“Venho manifestar meu interesse em candidatar-me ao cargo de Secretária Executiva desta conceituada empresa.” – alguém que escreve uma carta candidatando-se a um emprego.


“Porque a gente não resolve as coisas como têm que ser, a gente corre o risco de termos, num futuro próximo, muito pouca comida nos lares brasileiros.” – um professor universitário em um congresso internacional.


“E ai, ô meu! Como vai essa força?” – um jovem que fala para um amigo.

Segundo Ducrot, uma classe argumentativa é constituída de um conjunto de enunciados que podem igualmente servir de argumento para uma mesma conclusão ou posição (P). De outra forma, uma escala argumentativa ocorre quando dois ou mais enunciados apresentam gradação de força crescente no sentido dessa conclusão ou posição (P), entretanto, pode ocorrer, também, escala argumentativa com inversão de elementos, se esta mesma posição/conclusão for negada.

 

Agora, leia atentamente, o parágrafo a seguir:

 

“Fazer fofoca da vida alheia não é algo construtivo. Não possibilita o aproveitamento do tempo com tarefas produtivas. Não amplia o altruísmo e a fraternidade entre as pessoas, nem mesmo contribui com o desenvolvimento do fofoqueiro.”

 

Em relação ao parágrafo, pode-se afirmar que houve:

 


Classe e escala argumentativas nulas.


Ausência de sentidos argumentativos.


Classe argumentativa.


Escala argumentativa com conclusão/posição negada.


Escala argumentativa com gradação de força crescente.

Você estudou que pró-formas  são elementos linguísticos de baixa densidade sêmica e que, por isso, fornecem pouca instrução de sentido, isto é, têm sentido indeterminado e podem, assim, referir-se a vários referentes diferentes, de acordo com o contexto.

Com base nesse estudo, associe a primeira coluna com a segunda, classificando as frases.

  1. Pró-sintagma
  2. Pró-constituinte
  3. Pró-oração
  4. Pró-forma verbal

 

(  ) Eu sempre converso com minhas amigas. Minha irmã faz mesmo.

(   ) Muitas vezes indico você para meus parênteses, mas é porque acredito em seu trabalho.

(   ) O Papa Jõao Paulo II era muito carismático, o Papa Francisco também o é.

(   ) As balas estavam nas bandejas, entretanto as crianças não as pegaram.

 

Assinale a alternativa que contêm as afirmativas corretas:

 


1, 2, 3, 4


4, 3, 1, 2


4, 1, 2, 3


2, 3, 1, 4


1, 2, 4, 3

Recorde a definição do papel fórico e do papel dêitico na linguagem, para responder a esta questão.

 

Papel fórico - Trata-se da função das formas remissivas de retomar um referente já expresso (anáfora) ou de referir-se a um referente introduzido depois dela na superfície textual (catáfora).

Papel dêitico - Trata-se da função de mostrar ou de apontar para fora do universo textual, ou seja, para a situação concreta de enunciação. (MARTINS, 2011, p.51).

 

Considerando o estudo referente a esse assunto, analise as situações a seguir observando se o elemento sublinhado tem papel fórico (anáfora ou catáfora) ou papel dêitico, identificando a forma remissiva e o referente.

 

A) Situação comunicativa: na sala de aula, uma aluna manda um bilhete para a colega com os seguintes dizeres: “Eu vou estudar para a prova, você vai? ”.

 

B) Situação comunicativa: na sala de aula, um aluno manda um bilhete para o colega com os seguintes dizeres: “O professor explica bem, mas ele não vai corrigir os exercícios?”.

 

C) Situação comunicativa: na sala de aula, o professor, no início da aula, diz: “Tudo foi realizado conforme combinado: as questões foram postadas, o resumo das explicações foi disponibilizado na página do aluno e o gabarito será entregue neste momento”.

 

A partir das observações e dos estudos acerca do assunto, analise as seguintes afirmações.

 

I- Na situação A, o papel do elemento grifado é dêitico, tendo em vista que a forma remissiva “você” aponta para um referente fora do enunciado, no caso está se referindo à leitora do bilhete.

II- Na situação A, o papel do elemento grifado é fórico, na medida em que a forma remissiva “você” aponta para um referente que está dentro da situação apresentada.

III- Na situação B, o papel do elemento grifado é fórico, sendo um caso de anáfora, pois a forma remissiva “ele” aponta para um referente dentro do enunciado. No caso, está se referindo à expressão “o professor”.

IV- Na situação C, o papel do elemento grifado é fórico, sendo um caso de catáfora, já que a forma remissiva “Tudo” aponta para o referente que está dentro do enunciado e o precede: “as questões foram postadas, o resumo das explicações foi disponibilizado na página do aluno e o gabarito será entregue neste momento”.

 

São corretas as afirmativas contidas na alternativa:


II e III.


I, III e IV.


I e IV.


II e IV.


I, II e IV.

No capítulo 2, “A tessitura dos textos orais e escritos: processos de referenciação”, você estudou sobre a referência situacional (exófora) e a textual (endófora). Baseando-se nesse estudo, avalie as situações a seguir identificando se o elemento grifado tem papel fórico – anáfora ou catáfora – ou papel dêitico.

 

Situação comunicativa A): na sala de costura de uma malharia, uma costureira manda um bilhete para a colega com os seguintes dizeres: “Se eu ganhasse na loteria esportiva, estaria em outro lugar: Havaí, Cancun ou Porto Seguro". Analise o enunciado do bilhete, considerando a expressão “outro lugar”.

 

Situação comunicativa B): na sala de costura de uma malharia, uma costureira manda um bilhete para a colega com os seguintes dizeres: “Amanhã faltarei ao trabalho para ir ao jogo do flamengo, você vai?”. Analise o enunciado do bilhete, considerando a expressão “você”.

 

Situação comunicativa C): na sala de costura de uma malharia, uma costureira manda um bilhete para a colega com os seguintes dizeres: “A chefe está cada vez mais chata, também ela não tem o que fazer!”. Analise o enunciado do bilhete, considerando a expressão “ela”.

 

A partir de suas análises, avalie as afirmativas a seguir, colocando V para verdadeiro e F para falso.

            

(   ) No enunciado da situação comunicativa A, a forma remissiva “outro lugar” aponta para os referentes (Havaí, Cancun ou Porto Seguro) que estão no enunciado. Como a forma remissiva (outro lugar) precede os elementos de referência (Havaí, Cancun ou Porto Seguro), trata-se de uma catáfora – papel fórico.           

(   ) No enunciado da situação comunicativa C, a forma remissiva “ela” aponta para um referente (A chefe) que está no enunciado. Como o referente está antes da forma remissiva (ela), trata-se de uma anáfora – papel fórico.           

(  ) Nos enunciados da situação comunicativa A e da situação comunicativa C, percebemos a presença de formas remissivas que apontam para elementos que estão fora dos enunciados, por isso as duas constituem dêiticos.           

(   ) No enunciado da situação comunicativa C, a forma remissiva “A chefe” aponta para um referente (ela) que está no enunciado. Como o referente está depois da forma remissiva (A chefe), trata-se de uma anáfora – papel fórico.           

(   ) No enunciado da situação comunicativa B, a forma remissiva “você” aponta para um referente fora do enunciado, no caso está se referindo à leitora do bilhete, por isso constitui-se como um dêitico.

 

A sequência correta é:


F, F, F, F, V.  


F, V, F, V, V.  


V, F, F, V, V.  


V, V, F, F, V.  


V, V, V, F, F.  

Leia o trecho a seguir:

 

Andar com fé

                     Gilberto Gil

Andar com fé eu vou,

Que a fé não costuma "faiá"

Andar com fé eu vou,

Que a fé não costuma "faiá"

Andar com fé eu vou,

Que a fé não costuma "faiá"[...]

 

(Fonte:GIL, Gilberto. Andar com fé. Disponível em:< www.diariofm.com.br/letras/gilberto-gil/andar-com-fe> Acesso em 11 abr. 2018)

 

Você estudou que as variáveis extralinguísticas nada mais são do que fatores sociais que favorecem o surgimento de uma variante linguística. Na canção, “Andar com fé”, de Gilberto Gil, constatamos uma variação linguística, facilmente identificada pela expressão “faiá”, que na língua padrão é pronunciada como “falhar”.

 

Podemos dizer que as variáveis extralinguísticas que favorecem essa variação linguística são:


Variável faixa etária e variável classe social


Variável escolaridade e variável classe social


Variável determinante e variável escolaridade


Variável escolaridade e variável determinante


Variável faixa etária e variável escolaridade

“Tiro ao Álvaro” é uma canção de 1960, do compositor Adoniran Barbosa, considerado pai do samba paulista. A canção ficou muito conhecida nas rodas de samba e casas de espetáculo, e até hoje é um grande sucesso. Leia-a:

 

Tiro ao Álvaro

                    Adoniran Barbosa

De tanto levar frechada do teu olhar
Meu peito até parece sabe o quê?
Tauba de tiro ao álvaro
Não tem mais onde furar
Tauba de tiro ao álvaro
Não tem mais onde furar


Teu olhar mata mais
Do que bala de carabina
Que veneno estriquinina
que peixera de baiano
Teu olhar mata mais
Do que atropelamento de automove
Mata mais que bala de revorve

(Fonte: www.wikipedia.org.br)

 

Na canção vemos algumas expressões que são diferentes das expressões da norma padrão, como frechada (flechada), tauba (tábua), álvaro (alvo), peixera (peixeira), revorve (revolve). Na letra da canção, as palavras são escritas como são pronunciadas e representam o falar de uma parcela da população. Em nossos estudos, vimos que variáveis não linguísticas favorecem o surgimento de variáveis linguísticas. Entre as variáveis não linguísticas, em relação à canção, podemos considerar:

 


Variável determinante e variável escolaridade


Variável faixa etária e variável condicionante


Variável faixa etária e variável escolaridade


Variável escolaridade e variável classe social


Variável condicionante e variável classe social

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